Isolado do mundo exterior,
trancado dentro de dores.
Ecoando gritos de horror
da alma atormentada,
sem ter refúgio do medo.
O som pavoroso da agonia
torna nítido os fantasmas
que amedrontam o coração.
A alcova escura que habito
está cada vez maior
e me sinto mais apertado.
Contradição do meu ser
num filme de terror
que ainda não teve fim,
falta um último ato:
a morte, pontual carrasca.
Espero seja esse o término
do desespero em vida,
das atrocidades acometidas
contra minha existência.
E a paz, enfim...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Drama
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Nós
Vou além do horizonte, volto
Sento ao teu lado, feliz novamente.
Me banho com tua presença,
Reanima a alma tua voz,
Dá cor a pele teu olhar,
Ilumina minhas trevas teu sorriso.
Escorre entre meus dedos
A tristeza de outrora, longe de ti.
Tento balbuciar palavras de arrependimento,
Mas apenas suspiro, vendo você
Que não quer palavras, discursos.
Quer um abraço, um olhar sincero.
E assim deixo de lado minha vida,
Velhos costumes, pobres manias.
E junto-me a teu ser perfeito,
Sincronia mágica, você e eu,
Eu e você, não importa mais...
Somos um agora, vivendo a paixão.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Luiz Marenco
Em um post anterior eu escrevi sobre Teixeirinha, hoje então eu vou falar sobre outra figura da música gaúcha o qual admiro. Refiro-me a Luiz Marenco, este cantor e intérprete nascido em Porto Alegre em 22 de dezembro de 1964. Apesar de nascido na capital, morou no Rincão da Quitéria (Distrito de São Jerônimo), no interior do RGS, onde aprendeu as coisas simples da vida e tomou gosto pelo campo. Cantava pelos bolichos (botecos, bares) daquelas paragens, mas apresentou-se profissionalmente apenas em 1988 na 2° Vertente da Canção Nativa - Piratini - onde levou o prêmio de melhor intérprete.
Marenco tem por crença que sua música deve passar uma mensagem, trabalhando sempre em cima da letra e da música, escolhendo com certo critério os músicos que o acompanham. A mensagem que ele leva em suas obras é o campo, o gaúcho e sua vida.
Seu estilo nativista tem por influências grandes nomes da música terrunha, como Jayme Caetano Braun, Noel Guarany, Pedro Ortaça, entre outros. Marenco acredita que a chamada Tchê Music descaracteriza a música tradicionalista feita em solo gaúcho, a começar pelo nome que é em inglês.
Tem diversos trabalhos lançados, ganhou vários prêmios em importantes festivais nativistas, como a Recoluta da Canção Crioula, Califórnia da Canção Nativa, Reponte da Canção Gaúcha, entre outros.
Neste ano de 2008 lançou o CD "Identidade", que traz músicas do inicio da sua carreira, além de algumas canções inéditas. Nele estão registradas composições de seus primeiros parceiros como o saudoso Jayme Caetano Braum e Sergio Carvalho Pereira, compositor que ainda o acompanha. A faixa final é uma interpretação arrepiante do Hino Rio-grandense.
Aos que querem ouvir uma música gaúcha de boa qualidade, retratando com muita poesia campeira o sentimento e o cotidiano do taura dos pampas, o peão que trabalha de sol a sol na invernada, ouçam Luiz Marenco.
As cinco músicas que eu adoro e recomendo que ouçam para conhecer um pouco mais dele:
1- Romance do Pala Velho
2- Batendo Água
3- Quando o verso vem pras casa
4- Senhor das manhãs de maio
5- Rincão dos Touros
Agora digam, conhecem Luiz Marenco, ou então divulgue os artistas da sua região.