Como me sinto agora 16/01/2007-04:20

Numa noite onde a agonia aperta minha alma e estraçalha meu coração eu me sinto perdido num labirinto de perguntas proferidas ao nada, cuja a resposta é uma única: o silêncio capcioso da madruga torrida dum verão em pleno janeiro.
Sinto que a vida se esvai em cada dia que passa e vejo que não tenho feito o suficiente para deixar um legado as gerações futuras. Apesar de estar em dúvida se estou realmente preocupado com as próximas gerações ou se apenas quero satisfazer meu alter ego de ser humano altruísta que deseja seu nome na história.
Me faz falta as tardes onde podia somente fazer planos, imaginar a vida que queria. Hoje que tenho a missão de colocá-los em ação sinto-mo impotente diante de muitas coisas as quais já havia planejado qual seria a melhor atitude a ser adotada.
Somente então pude perceber que a vida não obedece aos nossos planos, entendi que ações programadas não acontecem em perfeita sincronia com o nosso querer, elas tomam rumos próprios e nos obrigam a tomar decisões rápidas e são elas que decidem o próximo passo que virá. E isso, por vezes, me faz temerário as minhas mínimas ações.
No peito persiste o medo incontrolável da escuridão que ronda o futuro do homem que aos poucos vai se transformando numa névoa que me faz imaginar novamente o que será das coisas que planejo. Mas isso dura pouco, logo lembro que planos são meras vontades que criamos e adaptamos as nossas necessidades.
O silêncio vem trazer mais uma vez a solidão que se faz companheira inseparável nestas noites onde o calor exala a dúvida do alvorecer da minha existência futura.


Esta madrugada está me fazendo enlouquecer!!!