As nuvens cinzas nublam o céu
A terra se encharca com a chuva
A pele arrepia com o vento minuano
E eu prossigo aqui, mais um dia vai passando
Vivo, pois o tempo segue independente
Rios enchem e secam, segundo o querer da natureza
Já eu, continuo imutável no meu interior
Envelheço sim, pois os anos passam para todos
Mas digo que sigo igual, sem perspectiva
Tudo continua com seu ritmo acelerado
Casa-se, separa-se, nascem e morrem pessoas
Continuo aqui, sentado e no balanço da rede
Que apesar do seu ir e vir, não sai do lugar
Vou aqui e acolá, porém continuo pregado
E isso não pode ser o que chamam de "viver"
Porque vejo todos evoluindo ou decaindo
Só que eu estou aqui, continuo o mesmo
Que chegou nesse mundo há anos atrás
Quem sabe minha alma seja uma canção
Onde só tenha sido composto um breve refrão
Cantado por mim e que é acompanhado
Pelo triste som que sai do oco do violão?
E eu prossigo aqui, mais um dia vai passando
Vivo, pois o tempo segue independente
Rios enchem e secam, segundo o querer da natureza
Já eu, continuo imutável no meu interior
Envelheço sim, pois os anos passam para todos
Mas digo que sigo igual, sem perspectiva
Tudo continua com seu ritmo acelerado
Casa-se, separa-se, nascem e morrem pessoas
Continuo aqui, sentado e no balanço da rede
Que apesar do seu ir e vir, não sai do lugar
Vou aqui e acolá, porém continuo pregado
E isso não pode ser o que chamam de "viver"
Porque vejo todos evoluindo ou decaindo
Só que eu estou aqui, continuo o mesmo
Que chegou nesse mundo há anos atrás
Quem sabe minha alma seja uma canção
Onde só tenha sido composto um breve refrão
Cantado por mim e que é acompanhado
Pelo triste som que sai do oco do violão?
Saudações aos caros amigos e leitores, uma boa semana a todos.
16 comentários:
Simplesmente AMEI!!Vc tem toda a razão, me sinto como vc também, sempre ali parado, enquanto o mundo da as suas voltas.
Beijos...
sem palavras para descrever!
perfeito; parabéns!
Muito boa a flexão do verbo nublar. Gostei do título do blog, amo o livro. Voltarei por aqui...
Lindo... adorei seu blog.
Bjs
Imutável...
o que é isso que é IMUTÁVEL, nada!!!
Acredito que as mudanças ocorrem mesmo que sutilmente e as pessoas não tem SENSIBILIDADE para perceber, percebem sim quando acontecem mudanças drásticas ou quando se avalia o outro...
Não gostei do termo IMUTÁVEL.
Thaíssa Vasconcelos surtou, tá lendo Heráclito demais.. cuidado com os pré-socráticos, eles são do mal.
pohh... parabens
bbem bonito seu blog
gostei msm, bem criativo tb
ja add nos favoritos
vlw
muito bom o texto do titulo ao final parabens...
imutavel....simplesmente tudo
Um texto perfeito.
Mas, vai ficar vendo o mundo passar diante dos olhos até quando?
Obrigada, Elton, pelo toque!
boa noite!
Muito bonita a poesia...
Parabens!1
otima semana pravc tbm!!!
Su
Nossa, amei sua poesia. Você escreve super bem! Parabéns.
Ah, gostei do seu blog. bacana!
Foi mal não ter vindo aqui antes. bjos!
http://pimentamecanica.blogspot.com
Eu tbm, a velha história do "feliz aniversário, envelheço na cidade..."
As coisas mudam, menos eu, posso por dentro, mas nem tanto.
=/
ah! olha! não é um poema de amor!eeeeeeeeee
\o/
hum. é interessante, mas isso de "sempre parado enquanto o mundo muda" me parece errado, pq o mundo só muda com o "movimento" de alguem. ^^'
Primeiro, eu gostaria de apontar um erro que dificulta a leitura, "nuvens cinza (sic)" - cinza seria verbo conjugado erroneamente ou adjetivo cujo plural foi esquecido?
Outro erro, mas que, decerto, é de digitação e não cessa a coerência é "aqui, senatdo (sic) e no balanço". No mais, existe alguns problemas de paralelismo em certas rimas - são versos?
Tais atos falhos não tiram, porém, a beleza do que você escreveu. E, não sei por quê, o seu poema lembrou-me deste outro:
SONETO DE NATAL
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
(Machado de Assis)
Cara nuss.. mto chique.. concerteza uma das melhores reflexões suas qe ja vi aqui...
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